Dia 14 de Novembro: Dia Mundial do Combate ao Diabetes

RETINOPATIA DIABÉTICA

Publicado: 05 de Novembro de 2020
O dia 14 de novembro marca a campanha de conscientização global e de combate à diabetes mellitus, uma doença “invisível”, mas de consequências devastadoras.

A Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome metabólica muito complexa, decorrente basicamente da deficiência de insulina ou resistência insulinica, afetando, assim, o metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas.
Uma das principais complicações microvasculares do DM é a retinopatia diabética (RD), complicação que afeta diretamente a retina e que pode levar à significativa perda visual, sendo, inclusive, a principal causa de cegueira em pessoas com idade entre 20 e 74 anos.

Destaca-se que o tempo da doença, ou seja, o tempo que o indivíduo apresenta o diabetes mellitus, bem como o controle glicêmico, estão diretamente relacionados à probabilidade de se apresentar a complicação.

Contudo, independente do tempo de doença, quando o diabetes não esta controlado, a hiperglicemia desencadeia várias alterações no organismo, como aumento do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), danos na estrutura do DNA e de outros componentes celulares e da inflamação crônica. Essas alterações lesam os vasos sanguíneos e aumentam a permeabilidade vascular da retina, o que pode levar ainda à formação do edema macular diabético (figura abaixo).

Edema macular diabético visualizado em exame de OCT.

Destaca-se que a retinopatia diabética pode ser classificada como proliferativa e não profliferativa.

A RD não proliferativa é o estagio menos avançado da doença, podendo apresentar microaneurismas, hemorragias e vasos sanguíneos obstruídos, que podem fazer com que diversas áreas da retina fiquem sem suprimento de sangue com oxigênico e nutrientes (isquemia). Estas áreas isquêmicas podem estimular a formação de novos vasos sanguíneos (neovasos), evoluindo então para a retinopatia proliferativa.

Na retinopatia diabética proliferativa, a doença é caracterizada pelo aparecimento de novos vasos sanguíneos (neovasos), devido à presença de áreas isquêmicas, com impedimento do fluxo sanguíneo adequado. Esses neovasos são frágeis e crescem ao longo da retina sem causar qualquer sintoma visual. No entanto, eles podem romper e liberar sangue (hemorragia) (fig. abaixo), provocando perda de visão grave de forma súbita e até mesmo cegueira. Entre as razões para a perda de visão na RD profliferativa, alem da hemorragia vítrea, estão o descolamento de retina e o glaucoma neovascular.



Na retinopatia diabética, a principal causa de baixa acuidade visual é o edema macular, acometendo cerca de 30% dos pacientes com mais de 20 anos de doença.
Os principais e iniciais sintomas incluem moscas volantes, flashs, borrões, áreas escuras na visão e dificuldade em distinguir cores.

Portanto, o controle glicêmico adequado torna-se fundamental para a prevenção e diminuição nas complicações relacionadas à doença.

Em pacientes diabéticos, o acompanhamento oftalmológico deve ser rigorosamente programado e cumprido, a fim de que a retinopatia seja previamente diagnosticada e tratada antes de apresentar seqüelas irreversíveis

 


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Dr. Jayme Adalberto Alves Junior
CRM/PR 24.584

- Graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina-PR
- Residência médica em Oftamologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP
- Fellowship em Retina e Vitreo pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP